As
ruínas de Stonehenge ficam próximas à Salisbury, a duas horas de Londres. As
agências inglesas vendem um passeio de um dia a partir de Londres, com parada
também nas ruínas de Bath por cerca de US$80. Pode-se ainda ir de trem até
Salisbury e de lá tomar um ônibus. É na planície de Salisbury, sul da
Inglaterra, que se ergue esse estranho e indecifrável complexo monolítico
chamado Stonehenge, um enigma tão grande quanto ao das pirâmides. Stonehenge, do ingles
arcaico "stan", que
significa pedra, e "hencg’,
que quer dizer eixo, monumento megalítico da Idade do Bronze, localizado na planície de Salisbury,
próximo a Amesbury,
no condado de Wiltshire,
no Sul da Inglaterra - cerca de duas horas de Londres. Trata-se
do monumento pré-histórico mais importante da Inglaterra e não há nada
semelhante em todo o mundo. Este altar de pedras tem sido usado há 5.000 anos e
não se tem certeza absoluta qual era sua finalidade. Rituais Druidas,
cerimônias em homenagem ao sol, ou portal para seres de outros planetas são
algumas das possibilidades sempre lembradas. Os
saxões chamavam ao grupo de pedras "Stonehenge" ou "Hanging
Stones" - pedras suspensas, enquanto os escritores medievais se lhes
referem como "Dança de Gigantes".
As
“pedras azuis” usadas para construir Stonehenge foram trazidas de até 400km de
distância, nas montanhas de Gales, com direito a travessia marítima, quando não
faltavam pedreiras na vizinhança. Algumas pesam cinquenta toneladas e tem cinco
metros de altura. Se alguém traçar uma linha no chão, passando no meio do
círculo formado pelas pedras, vai ver que esta linha aponta para a posição do
nascer do sol de verão.
O
monumento é um exemplo clássico das civilizações megalíticas. Cientistas
afirmam que Stonehenge foi construído entre os anos 2.800 e 1.100 a.C., em três fases
separadas. Na primeira fase - morro
circular, que conhecemos como o círculo externo de Stonehenge, e dos três
círculos de buracos, cinqüenta e seis ao todo, que cercam o monumento. As quatro
"pedras de estação" que se supõe terem sido utilizadas como um
Observatório Astronômico, o objetivo aparente seria observar o nascer e o por
do Sol e da Lua, visando elaborar um calendário de estações do ano. Na segunda
fase iniciou em 2.100 a.
C., quando ocorreu a construção do duplo círculo de pedras, em posição vertical
no centro do monumento, bem como da larga avenida que leva a Stonehenge e da
margem externa das planícies cobertas de grama que o rodeiam. Na terceira e
última fase, o duplo círculo de pedras foi separado e reconstruído, sendo
erguidos muitos dos trílitos. Estima-se que as três fases da construção
consumiram mais de trinta milhões de horas de trabalho.
Originalmente
Stonehenge era um círculo externo, e media oitenta e seis metros de diâmetro. O
círculo interno - com as pedras maiores, media trinta metros. Havia ainda uma
avenida de acesso principal onde ficavam os portais de pedra, marcando o
alinhamento do sol e os ciclos da lua. Analisando-se as pedras observa-se que
elas foram cortadas para encaixar exatamente uma na outra, o que é incrível, já
que na época não existiam ferramentas de construção com esta precisão.
Ao
meditar sobre os mistérios de Stonehenge, vale lembrar que, naquela época,
diferentes tribos e autoridades contribuíram para a construção de Stonehenge.
Cada um pode ter tido objetivos diferentes para construir o monumento.
Alguns
relatos históricos contam que os Druidas, uma tribo Celta que habitou a região
da Inglaterra durante o império Romano fizeram cerimônias aqui, mas é certo que
não foram eles que construíram Stonehenge, pois o monumento já existia quando
os Druidas chegaram à Inglaterra, a datação pelo Carbono-14 prova isto. Eles
apenas herdaram a tradição, costumes e rituais dos primeiros moradores deste
lugar.
Acredita-se
que Stonehenge e outros sítios megalíticos hajam sido construídos pelos
antepassados dos Druidas deste milênio, por acreditarem que fossem lugares de
grande força para concretizarem seus rituais, em lugar de templos fechados -
eles reuniam-se nos círculos de pedra, como se vêem nas ruínas de Stonehenge
Avebury, Silbury Hill e outros.
Durante
séculos, Stonehenge foi cenário de reuniões de camponeses e nos últimos noventa
anos os "Druidas" modernos celebraram aqui o solstício de Verão.
Durante aproximadamente vinte anos, milhares de pessoas se reuniam no local
todos os meses de junho para assistirem ao festival que aí tem lugar. Mas, em 1985,
as autoridades proibiram tanto a vinda dos Druidas como o festival em si,
receosas de que as pedras, assim como a paisagem circundante, possam ser
danificadas.
Diversas
pedras de Stonehenge possuem desenhos ou inscrições feitas pelas antigas
civilizações, embora já estejam bastante apagadas pelo tempo. Como o local não
fica longe de Londres, há diversas excursões de um dia que vão até lá. Se você
está de carro, Stonehenge fica duas milhas a oeste de Amesbury, quase na junção
das estradas A303 e A344.
O
fim de Stonehenge aconteceu por volta do ano 1.600 a.C. Foi a partir daí
que começou sua destruição. Apesar do tamanho, muitas das pedras desapareceram.
As pedras menores teriam sido carregadas por visitantes que queriam levar lembranças.
A partir de 1.918 o local começou a ser recuperado, e pedras que estavam
inclinadas e ameaçando tombar foram reerguidas. Atualmente, o lugar é administrado
pelo English Heritage e - como o número de visitantes é de cerca de 700 mil por
ano, foram tomadas medidas mais rigorosas para garantir a preservação de
Stonehenge.
Ao
redor do monumento principal existem outras obras intrigantes. Afastado de
Stonehenge, 800m ao norte está o chamado Cursum. Semelhante à uma pista reta de
corridas de cavalos, com 2,8
km de comprimento e 90m de largura, imagina-se que ele
também era usado em cerimoniais religiosos e procissões. Alguns adeptos do
estudo dos OVNI’s (UFO’s) afirmam que seu objetivo era servir como pista de
pouso para naves interplanetárias.
De
qualquer forma, Stonehenge é o mais visitado e conhecido círculo de pedras britânico, e até hoje é
incerta a origem da sua construção, bem como da sua função, valendo a versão de
que era usado para estudos astronômicos, mágicos ou religiosos.
Recolhendo
os dados a respeito do movimento de corpos celestiais, as observações de
Stonehenge foram usadas para indicar os dias apropriados no ciclo ritual anual.
Nesta consideração, é importante mencionar que a estrutura não foi usada
somente para determinar o ciclo agrícola, uma vez que nesta região o Solstício
de Verão ocorre bem após o começo da estação de crescimento; e o Solstício de
inverno bem depois que a colheita é terminada. Desta forma, as teorias atuais a
respeito da finalidade de Stonehenge sugerem seu uso simultâneo para observações
astronômicas e a funções religiosas, sendo improvável que estivesse sendo
utilizado após 1.100 a.C..
A
respeito da sua forma e funções arquitetônicas, os estudiosos sugeriram que
Stonehenge - especialmente seus círculos mais antigos - pretendia ser a réplica
de um santuário de pedra, sendo que os de madeira eram mais comuns em épocas
Neolíticas.
Segundo
dados mais recentes, obtidos por arqueólogos chefiados por Miker Parker Pearson,
Stonehenge está relacionada com a existência do povoado Durrrington. Este povoado
formado por algumas dezenas de casas construídas entre 2.600 a.C. e 2.500 a.C., situado em Durrington Walls,
perto de Salisbury,
é considerada a maior aldeia neolítica do Reino Unido. Segundo os arqueólogos
foi aí encontrada uma espécie de réplica de Stonehenge, em madeira. John Aubrey, no século XVIII,
antes do desenvolvimento dos métodos de datação arqueológica
e da pesquisa histórica, foi quem primeiro associou este monumento, e outras
estruturas megalíticas na Europa, aos antigos Druidas.
Esta idéia, e uma série de falsas noções relacionadas, difundiram-se na cultura
popular do século XVII, mantendo-se até aos dias atuais.
Na
realidade, os Druidas só apareceram na Grã-Bretanha após 300 a.C.,
mais de 1.500 anos após os últimos círculos de pedra terem sido erguidos.
Algumas evidências, entretanto, sugerem que os Druidas encontraram os círculos
de pedra e os utilizaram com fins religiosos.
Ao
meditar sobre os mistérios de Stonehenge,
vale lembrar que, naquela época, diferentes tribos e autoridades contribuíram
para a construção de Stonehenge. Cada um pode ter tido objetivos diferentes
para construir o monumento.
Novos
construtores edificaram uma avenida de monólitos que ligava Stonehenge ao rio Avalon a cerca de 3,2 Km de distância. Stonehenge sobreviveu e a
sua magia nunca desapareceu. Atribui-se ao mago Merlin o levantamento das
pedras, enquanto que a população local acreditou por muitos anos que as pedras
tinham poder curativo que, quando transferidos para a água, conseguiam curar
todo o tipo de doenças.
Outros
autores sugeriram que os monumentos megalíticos foram erguidos pelos Romanos,
embora esta idéia seja ainda mais improvável, uma vez que os Romanos só
ocuparam as Ilhas Britânicas após 43, quase dois mil anos
após a construção do monumento.
Somente
com o desenvolvimento do método de datação a partir do Carbono-14
estabeleceram-se datas aproximadas para os círculos de pedra. Durante décadas
não foram formuladas explicações plausíveis para a função dos círculos, além
das suposições de que se destinavam a rituais e sacrifícios.
O
mais famoso monumento da pré-história pode ter sido um centro de cura, para
onde iam peregrinos há mais de 4.500 anos. A afirmação é de um grupo de
arqueólogos que trabalha, desde o começo do mês, nas primeiras escavações em
mais de 40 anos no monumento. O grupo acredita ter encontrado indícios que
podem, finalmente, explicar os mistérios da construção de blocos de pedra. A
equipe descobriu um encaixe que, no passado, abrigou as pedras azuis - rochas
vulcânicas de tom azulado, a maioria já desaparecida, que formava a primeira
estrutura construída no monumento. Eles acreditam que as pedras azuis podem
confirmar a tese de que Stonehenge era um local para onde as pessoas se
deslocavam em busca de cura.
Nas
décadas de 1.950 e 1.960,
o professor Alexander Thom,
coordenador da Universidade de Oxford e o astrônomo Gerald Hawkins abriram
caminho para um novo campo de pesquisas, a Arqueoastronomia,
dedicado ao estudo do conhecimento astronômico de civilizações antigas. Ambos
conduziram exames acurados nestes e em outros círculos de pedra e em numerosos outros tipos
de estruturas megalíticas, associando-os a alinhamentos astronômicos
significativos às épocas em que foram erguidos. Estas evidências sugeriram que
eles foram usados como observatórios astronômicos.
Além disso, os arqueoastrônomos revelaram as habilidades matemáticas
extraordinárias e a sofisticação da engenharia que os primitivos europeus desenvolveram, antes mesmo das culturasegípcia e mesopotâmica.
Dois mil anos antes da formulação doteorrema de Pitágoras, constatou-se que os
construtores de Stonehenge incorporavam conhecimentos matemáticos como o
conceito e o valor do π (Pi) em seus círculos de
pedra.
A
explicação científica para a construção está no ponto em que o monumento tenha
sido concebido para que um observador em seu interior possa determinar, com
exatidão, a ocorrência de datas significativas como solstícios e equinócios,
eventos celestes que anunciam as mudanças de estação. Para isto basta se posicionar
adequadamente entre os mais de 70 blocos de arenito que o compunham e
observar-se na direção certa.
Esta
descoberta se deu em 1.960,
demonstrando, através da arqueologia, que os povos neolíticos, 3.000 anos antes
de Cristo, já tinham este conhecimento.
A
importância estaria vinculada diretamente à agricultura dos povos da época.
Segundo o historiador Johnni Langer, a vida dos povos agrícolas está ligada ao
ciclo das estações, e o homem pré-histórico precisava demarcar o tempo para
saber quais eram as melhores épocas para colheita e semeadura, e a observação
do céu nasceu daí.
Stonehenge também é
palco dos misteriosos Círculos Ingleses
Alguns
pesquisadores passaram a tentar encontrar algumas explicações naturais para
desvendar o mistério dos Círculos Ingleses, como fenómenos climáticos
inusitados, casualidades meteorológicas e outras hipóteses mais complexas.
Esses desenhos (círculos ingleses) costumam aparecer freqüentemente em
plantações de trigo, soja, cevada e milho. E esses cereais afetados chegam a se
desenvolver muito mais rápido (cerca de 40% mais rápido) no interior dos
desenhos do que aqueles mais próximos das bordas.
Em
quase toda a sua totalidade esses desenhos surgem durante a noite, no meio do
silêncio e da escuridão nos campos de cereais e pessoas que acampam nos locais
de maior incidência, na expectativa de registrar uma dessas figuras se formando
acabam se frustrando por passar a noite em claro sem conseguir testemunhar
nenhuma luz ou som diferente e em algumas vezes acabam se surpreendendo ao ver
com o clarear do dia que a poucos metros de onde estavam acampados apareceu um
desenho, misteriosamente como se tivesse sido feito por algum tipo de energia
invisível ao olho humano.
Existem
diversos pesquisadores tentando interpretar o significado dessas figuras,
alguns ligando os desenhos a símbolos matemáticos, outros associados a sistemas
astronômicos, além de compará-los a simbologia de civilizações antigas, como
Persas, Druidas, Romanos, Celtas, Egípcios...
Segundo
pesquisadores, esses desenhos (círculos ingleses), devido a sua complexidade, seriam
impossíveis de serem feitos pelas mãos humanas. A maior quantidade dos círculos
costuma aparecer em plantações localizadas ao redor do local do monumento de
Stonehenge e outros sítios arqueológicos importantes como Avebury e Silbury
Hill.
Importância
de Stonehenge para a História da Matemática
A
maior parte dos historiadores que estudaram Stonehenge afirma que o mesmo era usado como uma calculadora de
pedra, um verdadeiro computador megalítico com o objetivo de prever o
nascimento do Sol e da Lua no solstício e no equinócio. Contudo, existem
historiadores que não aceitam os argumentos e dados associados e apresentam
outras explicações para a construção desse monumento.
Fontes:
Revista Turismo, Agosto’2.004
– reportagem de Wagner Vieira
(www.revistaturismo.com.br)
(www.revistaturismo.com.br)
Site Mistérios
Antigos: www.misteriosantigos.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário